segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ser joio ou ser trigo

Quantas vezes pensamos tanto em não nos tornarmos joio e esquecemos de fazer por ser trigo? Uma parábola aparentemente boba me fez parar pra pensar realmente como ser humano complica demais a vida!

Trabalhar, estudar, namorar , passear, sair , correr, pular, pagar contas, ser pai ,mãe, irmã, avó, profissional entre outras zilhões de coisas, já são atividades demais, então porque fazer tudo isso e ainda perder tempo complicando tudo ainda mais?

Os que acreditam em algum Deus, alguma religião, doutrina, ou simplesmente querem fazer uma boa passagem terrena, se esforçam para não serem o joio, não se tornarem uma erva daninha e por vezes venenosa, mas quantas vezes a gente se esforça para ser trigo? Quantas vezes paramos para nos esforçar em sermos úteis com os outros e acabamos com essa postura mesquinha e egoísta.

O pior de tudo isso é que quando parei pra pensar sobre isso, reparei que infelizmente estou rodeada de pessoas assim, que se preocupam somente com o seu, acham que o mundo gira ao redor do seu umbigo e que tudo e todos falam, pensam e agem somente para atingi- lá. Que pena! Deixam de se esforçarem para serem realmente úteis, gastando seu precioso tempo preocupando-se com que vão falar sobre ela(e). Uma vez escutei de uma chefe minha uma frase que nunca saiu da minha cabeça “ Ela deve estar mesmo sem nada pra fazer né ? Acho que vou dar o endereço de casa para ela ir lá passar roupa, quem sabe não ocupa a cabeça com algo realmente útil?”

Acho que descobri o motivo das pessoas que são realmente mal humoradas e infelizes. A falta dessa visão ampla e irrestrita, esse cabresto que ela mesmo se coloca e que não deixa visualizar que viver é muito mais do que isso.

Posso ser ingênua, mas minha vontade é chegar, sentar do lado dessa pessoa e convencê-la do quão melhor é gastar o seu tempo fazendo realmente algo proveitoso. Porém se for mesmo impossível, vou passar meu endereço, quem sabe ela não passa a roupa lá em casa?




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ética: “ implicaria um exame dos hábitos da espécie humana e do seu caráter em geral, e envolveria até mesmo uma descrição ou história dos hábitos humanos em sociedades específicas e em diferentes épocas. “


O que seria discutir ética na comunicação? Ética em um meio cada vez mais promiscuo , vendido ao ibope do sensacionalismo barato e inescrupuloso.

Fiz comunicação , faço e sou comunicação em tudo que penso . Nesta ultima sexta feira tive o desprazer de cruzar no caminho de um profissional ( se é que se pode usar essa palavra para descrever esta pessoa) de comunicação que não deveria nem ousar utilizar o termo “jornalista”.

Novamente, apesar de não ser o que gosto de fazer, vou utilizar meu blog como uma válvula de escape , na esperança de que isso se torne um gramofone e que todos possam escutar e entender o que aconteceu.

Trabalho como assessora de comunicação e imprensa para um órgão da prefeitura de SP, e como todo órgão público, que deve satisfação e tem o compromisso de se pronunciar somente quando tem certeza de seus atos , informa a imprensa e a mídia em geral, as conclusões das providenciais iniciais que foram tomadas. Podemos colocar vários defeitos  na administração publica, porém se tem algo que ela não faz é tratar a noticia como futilidade.Comunicação Pública é algo realmente diferente da comunicação em si e se difere do aplicado em ambientes coorporativos de empresas privadas.

Na ultima sexta feita, acompanhei uma pauta da Band (TV), infelizmente para um desses jornais que esquecem que fornecer informações ao público deveria ser a sua missão. Há 3 anos acompanho pautas para os mais diversos meios de comunicação , sempre da mesma forma, sendo clara, me apresentando ao jornalista responsável , esclarecendo e fornecendo a nota de esclarecimento da instituição e estando disponível para ajudar sempre que necessário e possível. Inicialmente, já estranhei a postura do jornalista , que questionou-me a respeito da minha formação e do porque eu trabalhava em um órgão publico que estava sempre na mídia com pautas negativas. Fui clara na minha postura de que ele estava enganado e que existem sim pautas positivas e muito do que se orgulhar em trabalhar para uma instituição que, apesar das diversidades , conta com um corpo funcional de saúde espetacular , que luta  pelo melhor atendimento possível aos pacientes e  salva centenas de vidas diariamente.

A pauta era um link ao vivo que ficaria no ar por aproximadamente 3 horas. Quando as entrevistadas chegaram, o jornalista fez questão de ressaltar que elas deveriam repetir claramente o nome da unidade por diversas vezes e falar bem mal do atendimento que fora dado ao paciente, o que certamente não era verdade, quando se analisa o prontuário do paciente           ( dados e fatos que não podem ser divulgados devido a lei de sigilo de prontuário médico)

Após a primeira parte da entrevista, ainda no ar , o jornalista falou “ É isso aí Facciolli , a assessora de imprensa do Hospital , a Sra Ana Paula , nos informou que o diretor da unidade não quer falar” . Alguém já ouviu algum repórter, por mais inexperiente que seja, falar o nome do assessor no ar? E ainda por cima utilizar termos mais do que persuasivos como  “não quer falar”, sendo que o informado foi que o hospital iria se pronunciar assim que inquérito administrativo fosse concluído.

Irritada com a postura do jornalista, durante o comercial, conversei e disse que realmente não havia gostado de ter sido citada e das palavras errôneas ditas por ele, conversei e indaguei o porquê desta atitude e ouvi um “ERA PRA MOSTRAR QUE VOCÊ ESTA TRABALHANDO”, respondi obrigada , mas isto não é necessário, sabem que eu estou trabalhando, fique tranqüilo.
Ainda durante esse intervalo aconteceu o que mais me indignou, pois tive o seguinte diálogo com ele :
          Jornalista:
 Você não quer ficar com um cartão meu, pra me ligar?
           Eu:
 Te ligar porque?
          Jornalista:
Pra você me vender algumas pautas negativas do hospital , facilitar que eu entre com câmera escondida ai .
Eu:
 Onde você fez faculdade?
           Jornalista:
 Pq?
           Eu:
 Pq estou estranhando, no seu curso não teve a disciplina de ética? Pq no meu teve e eu a tenho no meu caráter.

A matéria voltou ao ar , aproximadamente 5 minutos após este diálogo, enquanto isso ele ligou para a produção do programa longe de mim. Quando voltou para o ar e o apresentador voltou a citar a pauta, ele berrava claramente para que a Ana Paula , se pronunciasse , que falasse com ele , que aparecesse. Minha indignação só cresceu e no intervalo seguinte ele veio pra cima de mim e disse:
É bom que você saia aqui de perto, senão eu vou virar a câmera pra você e colocar o microfone para que você fale

 Em outro momento me disse:
 - Você faz o seu trabalho que eu faço o meu
E respondi:
Sim, porém você tem um microfone e uma câmera ao vivo, o que te diferencia em questão de armas e poder neste momento.

Será que alguém poderia me explicar o que é isso que as escolas de comunicação estão formando? Queria muito entender o que leva uma pessoa totalmente sem caráter, escrúpulos e ética ter um microfone na mão e 3 horas no ar em uma TV aberta.

Não vou citar o nome do jornalista, pq este não merece atenção e muito menos divulgação, merece voltar pra barriga de sua mãe e nascer novamente, só que agora com caráter.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Humor jovem, atual e sem cilada.

Mais uma vez, o cinema brasileiro aposta na comédia para entreter e divertir o público jovem/adulto nessas férias de inverno.

Cilada.com é a mais nova produção de Bruno Mazzeo, filho do humorista Chico Anísio, mas que já provou para todos que tem brilho próprio quando o assunto é “escrever” comédia. Figurinha carimbada e assídua nas redes sociais, Bruno pode ser dono de um temperamento firme, que muitas vezes é confundido com grosseiro, porém enganam-se os que imaginam e “pré-conceitam” o filme.

Uma comédia romântica de qualidade e que não deixa a dever para nenhuma produção hollywodiana , para os  que gostam deste gênero, sem duvida uma ótima pedida. Cenas e roteiros rápidos, que não cansam o telespectador, valendo um destaque para a participação de atores poucos conhecidos pelo público em geral , como Karla Karenina, que interpreta a empregada diarista do protogonista, uma atriz espetacular e engraçadérrima.
Não sou crítica de cinema, muito menos profissional da área, mas como expectadora e fã de uma boa comédia, recomendo o filme para um encontro de amigos, um casal que deseja rir e pensar nas conseqüências de atos hormonais e não cerebrais e até mesmo quem simplesmente só quer se divertir.


Ah! Não esquecendo, após o filme ganhei um cd com a trilha sonora, sem comentários a voz do Lobão e a nova interpretação da música Por tudo que for – Acústica.