quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Se não houver vento, reme!

 
Um breve relato sobre a sensação de achar o caminho certo junto das pessoas certas.
 
 
Isso aqui definitivamente não é um diário, há tempos passou a ser um local onde paro para refletir acontecimentos, ações, datas, pessoas, lugares e motivos que me fazem ver a vida de outra maneira.
 
Quando se é chamada (digo chamada porque seja qual for o motivo, razão ou acontecimento existe um chamado, seja ele físico ou não) e o desafio é aceito, o primeiro passo é acreditar no poder da sua ação, seja ela qual for. Há 2 dias atrás, um chamado aconteceu e o telefone da minha sala tocou.
 
Joaquim, o enfermeiro
Joaquim é um enfermeiro anjo que tenho o prazer de ser amiga e de ter conhecido no meu trabalho, pessoa literalmente iluminada que nasceu para cuidar, posso até afirmar que tem isso como objetivo de vida, cuidar do próximo, era ele do outro lado da linha.

Trabalhando na psiquiatria do hospital, Joaquim me chamou pra conversar sobre uma paciente (sim, eu continuo sendo a menina da comunicação, antes que estranhem).
 
Dona Teresa (que até então não sabíamos se era Teresa mesmo o seu nome) estava internada desde 15/10 , havia sido encontrada na rua por policiais e não lembrava o seu endereço, familiares, bairro onde morava, nada. Com sinais de uma idosa bem cuidada por familiares, eximindo  assim a possibilidade de não ter uma família , chegamos ao dilema, o que poderíamos fazer? Providencias legais já haviam sidos tomadas, mas será que não haveriam outras possibilidades de acharmos os familiares daquela senhora?
A sorridente Dona Teresa
 
Agora chega a parte “tapa na cara da Ana Paula”.
 
Eu não acreditava muito no poder de rasteio de pólvora das redes sociais para causas assim, mas era a tentativa (pra mim, rede social ainda estava muito ligada ao compartilhamento de noticias sem importância ou sensacionalistas), e foi o que fizemos.
Dona Teresa pousou lindinha e sorrindo pra foto que foi para no facebook, twitter, Instagram e enviada para “pauteiros amigos” de assessores na mesma hora. De início me surpreendi e agradeci aos compartilhamentos dos meus amigos de verdade, aqueles que me conhecem e sabiam o quanto aquilo era importante pra mim.
 
Foram 1553 compartilhamentos em menos de 24h e hoje pela manhã, o poder da rede social, da rede do bem, da minha rede de amigos e da rede de amigos dos amigos dos amigos dos amigos, me mandou uma mensagem, era a filha da Dona Teresa se identificando e pedindo informações de como e onde poderia ir buscar a sua mãe.
 
Pensei que fosse trote, pensei que estava sonhando, pensei que não era real, mas era. Cheguei correndo no hospital atrás do Joaquim, comemoramos juntos e ganhei um abraço de anjo protetor do meu enfermeiro/amigo/irmão.
 
Por volta das 10h30, aquela senhorinha simpática que posou sorrindo pra mim, voltou pra casa. Família orientada pelo médico e dona Teresa junto com suas filhas.
 
Não me arrependo de ser comunicóloga e de ter escolhido, mesmo que por acaso, trabalhar na área da saúde, trabalhar de dia, noite, madrugada e fins de semana. As vezes penso “Poderia ser mais fácil se estivesse em outra área”, mas o destino me responde “Não, Ana Paula, aí é  o seu lugar!”
 
Novamente um pouco mais esperançosa no mundo e feliz demais, muito feliz, phodasticamente feliz .
 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Uma história de amor e humor leve e jovem


A primeira impressão quando o espetáculo inicia é que assistirá uma peça apresentada por jovens atores, daquelas bem amadoras, mas a surpresa é deliciosa quando nos deparamos com um texto dinâmico, uma direção detalhista e atores que estão longe de serem classificados como amadores.


Risadas e surpresas, a preço justíssimo, transformam a Farsa do Amor Impossível em uma ótima opção de entretenimento e diversão para quem gosta de um bom teatro. 
Super recomendo!