domingo, 22 de julho de 2012

Simplesmente uma constatação:o mundo não foi feito para pessoas grandes.

Roupas e móveis, dois setores do comércio que  não oferecem muitas opções  para quem está fora dos padrões normais (leia normal neste caso, como padrão estabelecido por algum infeliz que um dia resolveu tornar a minha vida mais complicada). Falo isso com experiência de causa, por ser gorda a mais de 30 anos (isso mesmo, tenho 31 e já nasci fora dos padrões).
A revolta inicial para escrever isso tudo veio das malditas toalhas de hoteis, moteis, pousadas, etc  que não servem para enxugar um gordinho! Sim, elas são pequenas demais e isso realmente me irrita, o que custa colocar e padronizar aquelas toalhas com um tamanho um pouquinho maior? Gordinhos também se hospedam e usam moteis, sabiam?


Quanto ao vestuário, achar uma roupa está realmente mais fácil, atualmente consigo encontrar um cantinho em qualquer loja de departamento que tenham as "roupas tamanhos especiais", o que já é um grande avanço , porém seria bem legal se eles soubessem que nós não temos todas 50 anos ou mais e que se gostássemos das roupas, estampas e modelos usados pelas nossas avós , iriamos em um brechó ou assaltaríamos o guarda roupas delas.  As lojas especializadas em tamanhos grandes estão tomando este cuidado, porém pra ser uma gordinha vestida conforme a sua idade é necessário desembolsar bem mais que qualquer "tchutchuquinha" magrinha, pois o valor de qualquer peça chega à ser 200% maior do que a mesma em uma loja tradicional . Não basta ser gorda, seja rica, bem sucedida e ganhe sempre mais que qualquer magrinha por ai.
Nunca passei pelo desespero de ficar presa em uma cadeira, pq sou uma gorda não proporcional e passei longe na fila de distribuição de quadril, mas vejo muitas mulheres que sofrem com isso e que preferem ficam em pé em qualquer festa que tenha aquelas malditas cadeiras estreitas de plastico, sim aquelas com braço que parecem estar lá olhando para o seu quadril e falando "lero, lero , aqui você não entra". Algum magrinho(a) se importaria em sentar em uma cadeira um pouco mais larga? Não né, então, pq aqueles braços?
Outro problema bem característico das pessoas que são fora desses padrões é o banco no transporte público. Ok , agora fizeram aquele banco constrangedor e de tamanho monstruoso no metrô e ônibus (exageraram né, mas tudo bem , pedir que tivessem meio termo seria demais) , mas alguém ja pensou que pessoas gordas geralmente são maiores na altura também e que sendo assim a distância entre um banco e o outro (isso só acontece nos ônibus) deveria ser maior. A minha perna dobrada, quando sento, não cabe ali naquele espaço, meu joelho fica praticamente fazendo massagem na coluna da pessoa sentada à minha frente, isso é claro quando não existe aquela proteção de plástico extremamente dura que esfola meu joelho todo, rezar o terço de joelho na igreja deve doer menos.
Então, somos gordinhos, altos , sofremos para comprar roupas que sejam usuais para a nossa faixa etária e que caibam no bolso , para nos enxugarmos em qualquer tipo de hospedagem e ainda sim conheço bem poucas pessoas , que assim como eu,  estão fora dos padrões, são mal humoradas. Gordinha sim , de mal com a vida, nunca!




terça-feira, 10 de julho de 2012

Você perde 100% dos tiros que não dá.


Faz um pouco mais de um mês que literalmente dei um passo muito importante na minha vida, arrisquei ...


Nunca achei que tivesse nascido com a sina de ser eternamente funcionária pública, não tinha vergonha disso, muito pelo contrário, sempre lutei contra os esteriotipos do senso comum com o funcionalismo público. Não vou negar que sim, existem quem não trabalha e que se acomoda profundamente em uma cadeira de balanço, daquelas que atualmente só existem em lojas de antiguidade, e ficam realmente mofando estagnados esperando a aposentadoria chegar . Mas tem sim uma grande parte dessa classe, que estuda, aprende e ainda sonha com o dia em que empresas públicas darão  realmente valor  ao estudo, capacidade, criatividade e conhecimento. Sendo repetitiva, não vou reclamar do que vivi na Prefeitura de SP, tudo que sei  aprendi lá, mais da metade do meu ciclo de amigos são de lá , mas no balanço das horas , dias, meses e quase 9 anos ... tudo mudou.


Arrisquei em uma nova empreitada, um sonho de poder colocar em prática tudo que aprendi. Tudo mudou , desde o horário que o despertador berra na minha orelha, o caminho que faço todos os dias, a mesa, sala, computador, colegas de trabalho, meios, veiculos, dilemas e principalmente um espirito de inovação e o sentimento do sangue novamente correndo pelas veias. Hoje estou certa de  que era isso que estava precisando, inovar , mudar, guardar os cadernos e os livros já desgastados e escrever um novo romance.


Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças
Charles Darwin